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kintsugi 

金 継 ぎ

a arte japonesa de restaurar objetos cerâmicos quebrados com laca natural e ouro em pó.

Wabi Sabi

wabi sabi mais do que uma estética, é a experiência de valorizar a beleza do imperfeito, do incompleto e do impermanente. É individual e único pra  cada um.  No kintsugi,  os objetos restaurados se tornam únicos ao contar histórias pelos caminhos formandos nas imperfeições das rachaduras. Desenhos que revelam a beleza da desordem e estimulam sensibilidade aos momentos efêmeros. 

A Laca Urushi

a principal substância utilizada nas restaurações de Kintsugi é a seiva retirada da árvore Urushi (toxicodendron vernicifluum) que cresce originalmente na região do leste asiático ao sudeste da Ásia. A palavra urushi veio da palavra uruwashi (belo, brilhante) e também da palavra uruosu (umedecido, enriquecido). E além de belo e enriquecido é extremamente resistente, já foram encontradas pontas de flechas do período Jomon (8000a.c-300a.c) protegidas pelo urushi até hoje. Essa seiva é composta basicamente por água e urushiol com propriedades poderosas que são responsáveis pela adesão das partes fragmentadas, pelo endurecimento das partes faltantes e pelo brilho do acabamento natural. 

História

a lenda conta que o Urushi foi utilizada no Japão pelo 12º Tenno, imperador japonês Yamato Takeru, quando quebrou um galho da árvore urushi, viu a seiva escorrendo e começou a laquear seus utensílios favoritos. Seu uso se popularizou no período Heian (794 a 1185) com a tradicional técnica de pintura maki-e a qual espalha pó de ouro ou prata em utensílios laqueados com urushi. Essa técnica foi se desenvolvendo e inspirou artesões do período Muromachi, quando o 8º shogun, Ashikaga Yoshimasa, requisitou uma restauração delicada em sua preciosa xícara de chá. Assim resultou a técnica do kintsugi! Restauração e pintura feitas com a seiva da árvore urushi, e pigmentadas com ouro em pó. 

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